Alguns autores distinguem atividade física de exercício. Neste caso, a diferença reside no fato de que a primeira trata de diminuir o sedentarismo enquanto a segunda procura desenvolver atividades físicas estruturadas.
A redução do sedentarismo tem a sua importância porque ajuda a diminuir o déficit de energia não gasta em frente à televisão, tablets, videogames e toda a mordomia que a tecnologia e os controle-remotos vieram nos oferecer. Visa modificar as atitudes das práticas do dia-a-dia dando preferência a opções mais saudáveis, como, por exemplo, fazer aquele trajeto mais curto a pé ao invés de ir de carro; percorrer os andares de um prédio pelas escadas e não usar o elevador para ir de um andar ao outro, fazer um passeio de bicicleta no parque no final de semana, etc.
A prática regular de exercícios físicos, por sua vez, traz benefícios para além do gasto energético. Para a criança é de extrema importância não só pela grande valia na prevenção precoce de doenças do sistema cardiovascular, da diabetes, da obesidade e do desenvolvimento de um condicionamento físico mais elaborado. Além de tudo isso, a prática de exercícios físicos traz para a criança a noção de disciplina, de comprometimento, de responsabilidade e de socialização. Seja qual for o esporte, nele a criança pode descarregar suas energias, trabalhar a auto-estima, a auto-confiança e superar seus próprios limites ainda que em um âmbito diferente da vida pessoal.
Contudo, vale lembrar que os tipos de atividades físicas para crianças e adolescentes variam com a idade, o tipo de exercício e o ambiente. A prática de exercícios físicos deve obedecer o tempo para maturação neuromuscular e o desenvolvimento de habilidades motoras em atividades cada vez mais complexas, gradualmente. A participação nos esportes deve ser lúdica, dando para a criança a oportunidade de desenvolver habilidades compatíveis com o seu potencial. Mais do que isso, a avaliação física da criança que pratica esportes deve ser feita pelo pediatra ou pelo médico do esporte, tendo como objetivo identificar possíveis condições clínicas ou ortopédicas que prejudiquem ou impliquem em risco na prática esportiva.
