Férias escolares se aproximando, fim de ano chegando, época de reunir a família e visitar os parentes que moram longe, aproveitar os dias de folga para entreter a família nas mais variadas programações. Mas quais são os cuidados que devemos ficar atentos quando pensamos em viajar com criança?
Em primeiríssimo lugar, não existe uma recomendação rigorosa em relação a viagens com bebês, mas, obivamente, é de suma importância considerar o bom senso e evitar viagens com recém-nascidos, que são mais vulneráveis a infecções e outros problemas de saúde. Por esta razão, em geral, pediatras recomendam esperar até que a criança complete 3 meses, período suficiente para tomar as principais vacinas do calendário vacinal e estarem protegidos de infecções graves. Também por este motivo as companhias aéreas, por exemplo, só transportam bebês com mais de 7 dias de vida.
Falando em viagens de avião, para que as crianças não sofram (e, por conseguinte, para que os pais não se descabelem também), o ideal é escolher trechos menores e vôos diretos, de preferência noturnos, a fim de promover o menor impacto possível na rotina da criança. Coordenar o horário do vôo com o sono da criança traz benefício e tranquilidade a todos. Levar a bordo comidinhas que sejam familiares à criança (como biscoito de polvilho, por exemplo) também é uma alternativa para causar menos estranheza à situação.
Outra questão a ser levada em consideração é escolha das poltronas. Por normas de segurança, crianças não podem se sentar próximas a saídas de emergência. Por outro lado, crianças até 2 anos podem viajar no colo, geralmente pagando cerca de 10% da tarifa do adulto, quando pagam. Em viagens longas, para crianças até 2 anos ou até 10 kg, é possível solicitar junto à companhia aérea (com 48 horas de antecedência) um bercinho a bordo, que, geralmente, é cobrado.Outra alternativa é embarcar com um "bebê conforto" ou cadeirinha, os mesmos usados em carros, desde que certificados pela Aviation Child Safety Device (https://www.faa.gov/passengers/fly_children). Por último, um incômodo muito comum e bastante desagradável em viagens aéreas é a dor provocada pela pressão nos ouvidos, que pode ser prevenida em bebês através da mamada (ao seio materno ou mamadeira) e, em crianças, utilizando a chupeta nesses momentos.
Em relação a viagens de carro, além das recomendações de segurança (uso de cadeirinhas conforme peso e idade) é importante lembrar que trajetos longos de automóvel necessitam de pequenas paradas para descanso e necessidades fisiológicas. A cada parada, aproveite também para oferecer líquidos e alimentos leves para as crianças, mas sem descuidar de eventuais riscos de acidentes como atropelamentos no estacionamento e proximidade com a estrada, condições de higiene local e etc.
Por fim, em relação às bagagens, evite levar excessos desnecessários. As crianças já representam uma preocupação relativamente grante para que se gaste tempo pensando nos pertences. Providenciar uma pequena mala ou mochila e estimular a criança a ter responsabilidade com a própria bagagem é muito válido para incentivar sua automina. Para compor a mala, escolha roupas leves e de troca fácil, para não perder tempo em caso de imprevistos. Outro ponto fundamental é não se esquecer dos documentos das crianças e do cartão de seu seguro saúde. Menores desacompanhados dos pais necessitam de autorização junto a Vara da Infância e Juventude e, em viagens ao exterior, mesmo que acompanhados de um dos pais, também é necessário a autorização por parte do outro. Sob orientação médica, também é muito importante preparar um "kit medicação" (anti térmico, anti alérgico, anti emético, repelente, curativos adesivados) e nunca se esquecer do protetor solar nem das medicações de uso pessoal contínuo.
Sempre consulte o pediatra para checar se a criança está em boas condições para viajar e receber as orientações necessárias pertinentes a cada caso e boa viagem!